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Justiça mantém prisão de delegado do AM acusado de sequestr0 e t0rtur4 em operação da PF

O delegado da Polícia Civil do Amazonas, Adriano Félix, teve a prisão preventiva mantida após audiência de custódia realizada no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), nesta sexta-feira (23). O policial é um dos alvos da Operação Jeremias 22:17, deflagrada pela Polícia Federal (PF), que apura crimes de sequestro, tortura e organização criminosa envolvendo agentes públicos.

De acordo com a investigação, Félix teria participado, ao lado de outros policiais civis do Amazonas e de Roraima, do sequestro e tortura de um homem suspeito de envolvimento com o roubo de uma carga de cassiterita — minério valioso usado na fabricação de ligas metálicas. O crime ocorreu no município de Caracaraí (RR), em fevereiro de 2023.

O delegado foi preso na manhã de quinta-feira (22) e, segundo o judiciário, a audiência confirmou que todos os requisitos legais da prisão preventiva estavam presentes, o que levou à homologação e manutenção da detenção.

Outro investigado, o policial civil Álvaro Tibúrcio, deve passar por audiência de custódia ainda nesta sexta. Um terceiro suspeito, Edmilton Freire dos Santos, também preso na operação, não possui processo sob análise do TJAM até o momento.

Tortura e extorsão

A ação policial que deu origem ao caso aconteceu no dia 8 de fevereiro de 2023, na vicinal 3, zona rural de Caracaraí. Conforme relato à Polícia Militar, a vítima foi abordada por homens que se identificaram como policiais civis e levada sob o pretexto de mediar uma briga em outra localidade.

Ao chegar ao local indicado, o homem foi algemado, agredido com tapas, choques elétricos no tórax e ameaçado. Os suspeitos exigiam informações sobre o paradeiro de um caminhão carregado de cassiterita que teria sido roubado. Durante o episódio, os agressores também ameaçaram incendiar a motocicleta da vítima, caso ele não colaborasse.

A vítima foi levada a outros municípios, incluindo Iracema e Mucajaí, onde continuou a ser interrogada até ser liberada — com R$ 60 em mãos para retornar de ônibus a Caracaraí.

Organização criminosa

Segundo a Polícia Federal, os envolvidos integravam, em tese, uma organização criminosa voltada a atividades ilegais como: segurança clandestina para cargas de minérios extraídos da Terra Indígena Yanomami, investigações paralelas e uso da estrutura policial para práticas ilícitas.

A Operação Jeremias 22:17 cumpriu sete mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão em cinco estados: Amazonas, Roraima, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Roraima.

Até o momento, a defesa dos envolvidos não se pronunciou.

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