MPAM inclui Garantido e Caprichoso como réus em investigação sobre aumento de preços do Festival de Parintins
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) pediu à Justiça a inclusão dos bois-bumbás Garantido e Caprichoso como réus na ação que apura o aumento considerado abusivo nos preços do Festival de Parintins, realizado a 369 km de Manaus. Até então, o processo tinha como foco apenas a Amazon Best, empresa responsável pela venda dos ingressos e pacotes turísticos.
O pedido foi baseado em um documento apresentado pela própria Amazon Best, no qual a empresa atribui aos bois participação direta na definição da política de preços do evento. O MPAM, porém, levantou dúvidas sobre a legitimidade do termo, observando que ele foi assinado somente após o início da ação judicial — o que pode indicar uma tentativa de justificar os reajustes e dividir responsabilidades.
Para o Ministério Público, se Caprichoso e Garantido realmente participaram das decisões de precificação, ambas as agremiações tornam-se corresponsáveis pelos aumentos que vêm comprometendo a acessibilidade do festival, gerando críticas de consumidores e motivando intervenção judicial.
No dia 5 de novembro, a Justiça já havia atendido a um pedido de urgência do MPAM e determinado a suspensão imediata das vendas de ingressos para a edição de 2026 do festival. A decisão, assinada pela juíza Simone Laurent Arruda da Silva, proibiu a Amazon Best de comercializar entradas tanto presencialmente quanto pela internet.
Com a inclusão dos bois-bumbás como réus, a investigação passa a abranger toda a cadeia de precificação do Festival de Parintins. O MPAM busca agora responsabilizar todos os agentes envolvidos no processo que resultou nos altos valores denunciados pelo público.

