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Defensoria Pública entra na justiça contra Amazonas Energia por apagões em Tefé

Defensoria Pública entra na justiça contra Amazonas Energia por apagões em Tefé

Órgão pede que concessionária seja condenada em R$ 10,7 milhões por constantes apagões

A Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) ingressou com uma ação judicial contra a Amazonas Energia. O órgão pede que a concessionária seja condenada a pagar uma indenização de R$ 10,7 milhões por dano moral coletivo por constantes desligamentos não programados de energia elétrica em Tefé.

De acordo com o pedido, o valor deve ser revertido a fundos voltados aos direitos do consumidor ou projetos de desenvolvimento e melhoria das condições de vida da população do município.

No processo, defensoras e defensores públicos do Polo do Médio Solimões também pedem o pagamento de indenizações individuais aos consumidores prejudicados pelas quedas de energia em Tefé.

De acordo com dados repassados pela concessionária à Defensoria entre os dias 1º de maio e 5 de julho deste ano, ocorreram 103 interrupções gerais de abastecimento de energia elétrica na cidade. Apenas no último mês de outubro, foram contabilizadas 73 suspensões no fornecimento.

“É preciso, pois, haver o cumprimento das leis que regem a prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica, além de atendimento aos direitos dos cidadãos e consumidores que pagam as suas altas faturas de energia regularmente, sem que, no entanto, recebam a contrapartida desejada, qual seja, a prestação do fornecimento de energia elétrica de forma correta, contínua e eficiente”, diz trecho da ação ajuizada pela Defensoria.

Na ação judicial, a Defensoria Pública também pede à Justiça que a concessionária Amazonas Energia seja impedida de continuar realizando desligamentos não programados em desacordo com a legislação, em Tefé.

No processo, o Polo da DPE-AM no Médio Solimões também solicita que seja determinada à empresa a apresentação, em dez dias, de um plano de regularização da oferta do serviço de energia na cidade, sob pena de multa diária de R$ 25 mil.

“No presente caso, o perigo no aguardo se materializa pela imprescindibilidade de providências para a implementação de melhorias na prestação do serviço de fornecimento de energia elétrica, a fim de coibir a ocorrência de maiores danos à população, que já tem sofrido com a inércia da concessionária”, escrevem os representantes da DPE-AM na ação judicial.

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