Após dois meses de cheia discreta, o rio Solimões entrou em período de seca há quatro dias.
O fenômeno conhecido como repiquete, típico dessa época, é responsável pelas variações no nível da água.
Em Tabatinga, na região norte do Amazonas, o rio Solimões está passando por uma fase de quatro dias consecutivos de vazante no dia 19 de janeiro, após ter se recuperado bem durante cerca de dois meses.
Esse padrão, bastante frequente na Amazônia, é chamado de repiquete e caracteriza-se pela alternância inesperada entre períodos de enchente e vazante.
No mês de novembro de 2024, o Solimões apresentou uma recuperação significativa após a histórica seca que o levou a atingir a marca de -0,94 metros.
Entre os dias 1º e 21 de novembro, houve um aumento considerável no nível do rio, porém de maneira não uniforme.
Durante o repiquete entre os dias 11 e 21 de novembro, o rio registrou uma queda de 1,13 metro, revelando a instabilidade na saída da segunda seca histórica do Solimões na tríplice fronteira com Colômbia e Peru.
Após esse episódio, o Solimões vivenciou seu melhor momento de saída da vazante severa.
Entre 22 de novembro e 15 de janeiro deste ano, o nível do rio variou de 1,77 metro a 9,13 metros, resultando em um acréscimo de 7,36 metros.
Nos últimos quatro dias, entretanto, houve uma redução no nível da água, conforme medição realizada no porto de Tabatinga.
Assim, de 16 a 19 de janeiro, o rio diminuiu 32 centímetros de água. A perspectiva é que esse decréscimo represente apenas mais um episódio passageiro de repiquete.