Justiça determina prisão de ex-candidato a vereador por envolvimento em incêndio de ônibus e organização criminosa em Manaus
A Justiça do Amazonas determinou a prisão preventiva de três pessoas investigadas por envolvimento em protestos violentos registrados no último domingo (12), em Manaus. Entre os alvos está Wanderson Mendes Ferreira, conhecido como “Wanderson Robinho”, ex-candidato a vereador e suplente pelo partido Podemos, que apoio Roberto Cidade (União Brasil) na última eleição.
A decisão foi proferida nesta quarta-feira (14) pelo juiz Fábio Lopes Alfaia, da Comarca de Manaus, que atendeu a um pedido do Ministério Público. Além de Wanderson, também são alvos da ação Ivanilde Daltro dos Santos e Patrícia Carvalho Rodrigues. Os três são apontados pela Polícia Civil como responsáveis por crimes como incêndio, dano qualificado, porte ilegal de arma de fogo e envolvimento em organização criminosa.Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia Interativa do 20º Distrito Integrado de Polícia (DIP), os atos de vandalismo teriam sido orquestrados sob a falsa justificativa de protesto contra a alteração da rota da linha de ônibus 320. No entanto, apurações apontam motivação política com a intenção de desestabilizar a gestão do prefeito David Almeida.
Durante os protestos, que ocorreram nas imediações do Terminal da linha 320, no bairro União da Vitória, houve obstrução de vias, incêndio de ônibus, uso de armas para ameaçar funcionários e passageiros, além da atuação de pessoas encapuzadas. Imagens obtidas pela polícia mostram Wanderson Robinho transportando pneus em seu veículo para formação de barricadas incendiárias, inclusive em novas ações ocorridas no bairro Santa Etelvina no dia seguinte.
A polícia afirma que o grupo operava com organização e hierarquia definida, iniciando as ações no quilômetro 19 da BR-174, na Comunidade São João, e expandindo os atos para bairros como Vivenda Verde e União da Vitória. Uma quarta suspeita, conhecida como “Machuda”, também é mencionada como liderança do movimento.
Além das prisões, a Justiça autorizou buscas nos domicílios dos investigados e no carro de Wanderson Robinho, com objetivo de coletar provas que esclareçam a estrutura da atuação do grupo. A decisão judicial de número 0130587-61.2025.8.04.1000 também exige relatório detalhado das diligências após cumprimento dos mandados.