Garantido ameaça não disputar o Festival de Parintins por causa de jurados
O clima que antecede a abertura oficial do 57º Festival Folclórico de Parintins ganhou contornos de tensão na madrugada desta sexta-feira (27), após o vice-presidente do boi-bumbá Garantido, Marialvo Brandão, declarar publicamente que a agremiação pode optar por uma apresentação apenas simbólica, sem participar da disputa oficial contra o boi Caprichoso.
A possível decisão seria um protesto diante do que a diretoria do Garantido classifica como falta de imparcialidade na composição do corpo de jurados do festival. Três nomes da lista oficial foram formalmente contestados pela associação: Matheus Foster Dias, Joana Ramalho Ortigão Corrêa e Adriano Azevedo Gomes de Leon.
Segundo o ofício enviado pela diretoria do Garantido à organização do evento, os jurados impugnados teriam demonstrado vínculos com o Caprichoso por meio de postagens em redes sociais, o que, segundo Brandão, comprometeria a lisura da disputa.
“Estamos lutando por justiça, por um julgamento equilibrado e respeitoso com as duas agremiações. Não há como aceitar uma banca com pessoas que já demonstraram favoritismo”, declarou Marialvo Brandão durante entrevista. A proposta de fazer apenas uma apresentação simbólica — sem concorrer oficialmente aos itens avaliados — ainda não foi confirmada pelo presidente do Garantido, Fred Góes, mas a possibilidade está em debate interno e acirrou os ânimos entre torcedores e dirigentes. Enquanto isso, o boi Caprichoso chega ao festival em busca do tetracampeonato, após três vitórias consecutivas.
O Festival Folclórico de Parintins é um dos maiores eventos culturais do país, e a possibilidade de uma disputa incompleta levanta preocupações sobre o impacto institucional, cultural e turístico para a festa. A organização do festival ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido de impugnação ou a ameaça de não participação do Garantido.
